"Sra Dra Teresa Machado:
Não pretende a Associação Viver em Alegria (AVA) alimentar uma polémica sobre o “Caso Universidade Senior”, mas a divulgação e o realce que foram feitos pelos jornais, com título de primeir
a página em alguns casos, e as numerosas manifestações de solidariedade e de lamento (chamemos-lhes assim!) de alunos e colaboradores da instituição, leva-nos, Sra Vereadora, a prestar-lhe os seguintes esclarecimentos:
1º-Independentemente de concordar ou discordar com os argumentos e a posição que tomou na última reunião do executivo camarário, gostaríamos de ter concluído que os mesmos se baseavam no conhecimento do assunto em discussão, o que manifestamente não acontece. Também não entendemos como é que um assunto tão sério e nobre “ fez estalar o verniz a Teresa Machado” (in Diário As Beiras), após as explicações dadas na altura pelo Sr Presidente e pelo Sr Vereador António Tavares ( in Diário de Coimbra, Jornal as Beiras, O Figueirense)!
2º- A Universidade Senior “nasce” em 2001, fruto de uma conjugação de esforços: da Universidade Católica - Pólo da Figueira, do Lions Clube da Fig da Foz e da Associação Viver em Alegria, liderada por Natércia Crisanto e um pequeno grupo de associados da AVA. Se o Lions Clube desde logo se desinteressou do projeto, a Universidade Católica manteve o seu apoio até ao ano de 2004, a partir do qual passou a alugar o espaço que as aulas da Universidade Senior ocupavam. Podemos pois afirmar que, a partir daquele ano, a AVA se constituiu como único motor de uma proposta socio cultural, com o empenhamento daqueles professores que gratuitamente lecionam as matérias, os alunos que frequentam as aulas e os associados da AVA. Não entendemos portanto a afirmação da Sra Vereadora “ ...(a Universidade Senior) que ajudei a criar... “ (in Diário de Coimbra), quando não fez nem faz parte de qualquer daqueles grupos.
3º- Em 2007, com o fecho do pólo da Universidade Católica, a Universidade Senior ficou sem local para ter parte das suas aulas. Saliente-se que todas as aulas de Informática, ou com necessidade de utilização de computadores, foram sempre e continuarão a ser dadas nas instalações, alugadas, da AVA. Na sequência de uma resposta a pergunta de um jornalista sobre como ia a instituição ultrapassar a dificuldade surgida e posterior contacto com a Sra Vereadora, na época responsável pelo pelouro da cultura, tomou a Câmara Municipal a iniciativa de arranjar uma solução, solução essa que se operacionalizou na disponibilização do Multicenter do Palácio Sotto Mayor, por parte do Casino Figueira. Resultante do empenho pessoal da Sra Vereadora e da colaboração e abertura do Dr Domingos Silva, ficou a Universidade Senior com um espaço com condições ótimas para a continuação do seu projeto e, saliente-se, a custo zero. Temos uma dívida de gratidão enorme para com V.Exa e o Sr Dr Domingos Silva que não iremos nunca esquecer. Em todas as apresentações públicas fazemos questão de referenciar aquela disponibilidade e apoio oferecidos, como aliás a Sra Vereadora já teve oportunidade de presenciar.
Entendemos aquela solução, permita-nos este auto elogio, como o reconhecimento da nossa atividade e os resultados obtidos até então serem considerados de utilidade pública, num contexto de incentivar a participação e a organização dos seniores em atividades culturais, de cidadania, de ensino e de lazer. Daí a nossa aceitação, sem preocupação de nos considerarmos, ou outra instituição se considerar, ou o executivo municipal considerar, “filhos ou enteados”.
4º- Em janeiro de 2011, por iniciativa independente de um nosso associado e também deputado municipal, foi feito um “desafio” à Câmara para ceder instalações da ex Universidade Internacional à Universidade Senior, tendo também por objetivo dinamizar e preservar aquele espaço que se deteriorava dia após dia por falta de utilização. Havia já por parte do executivo camarário, soubemos mais tarde, um plano de transformar aquela unidade num amplo espaço de ensino e cultura, agregando outras instituições com fins similares. As sinergias conseguidas com este modelo eram, no nosso entende,r potencialmente enormes e o projeto teve o apoio e aceitação da AVA. Por outro lado, o facto de a grande maioria das Universidades Seniores estarem sediadas em espaços das respetivas Câmaras Municipais e não sabermos por quanto tempo poderíamos continuar a usufruir do Multicenter, reforçou a nossa decisão. O protocolo com o Casino foi sempre assinado com a duração de um ano por motivos de política acionista, segundo cremos. Quando a Sra Vereadora afirma “...essa instituição (Univ Senior) tinha um espaço” não acrescenta aquele facto que é do seu conhecimento e que o atual protocolo com a Câmara Municipal contempla e protege.
5º- E voltamos aos “filhos e enteados”! O espaço destinado à Universidade Senior tinha necessariamente de sofrer obras de adaptação para os fins propostos. Perante esta necessidade procurámos definir uma tipologia para a área em causa que, para além de responder desde logo ao nosso projeto, dotaria a Câmara Municipal de um bloco com carateristicas que podem ser utilizadas por outras entidades, tal como o Sr Presidente da Câmara esclareceu, “ ...o espaço onde a Universidade Senior fez as benfeitorias preenche os nossos propósitos de criar um espaço letivo” (in O Figueirense e Diário de Coimbra). Mas há mais outros elementos que a Sra Vereadora deveria ter procurado conhecer antes de tomar uma decisão: o espaço e as obras em causa! A intervenção na anterior biblioteca da ex Universidade Internacional custaria, a preços de mercado, 27 786,63 (Iva incluído). O valor pago pela AVA foi de 22 442,64 devido a reduções conseguidas no material aplicado e contributos voluntários “em espécie”, como foi, por exemplo, o trabalho de arquitetura oferecido gratuitamente por um consagrado arquiteto figueirense. O diferencial em relação ao montante aprovado para ressarcir a nossa instituição é ainda o contributo monetário da AVA para a obra em causa, pertença da Câmara Municipal, tal como está definido no protocolo. Refira-se, a propósito, que nunca a AVA ou a Universidade Senior recebeu qualquer apoio financeiro da Câmara Municipal desde a sua criação.
Podemos, continuando a apoiar-nos nas notícias publicadas nos jornais, sem quaisquer intuitos de comparação como a Sra Vereadora fez, mas tão só para a esclarecer e à população em geral, lembrar-lhe que os alunos da Universidade Senior apoiaram o funcionamento da biblioteca infantil no jardim municipal nos dois anos de abertura, bem como da Casa do Paço, para que os nossos visitantes nacionais e estrangeiros possam apreciar os azulejos de Delft. Correspondem a horas de trabalho efetivo que com gosto e dedicação a Universidade Senior oferece ao seu município, sem ter por finalidade obter algo em troca. Em conclusão, “filhos e enteados” é expressão não adequada, do nosso ponto de vista!
6º- Quanto à questão “...o que é prioritário se o ensino das crianças do pré escolar e no 1º ciclo, se a Universidade Senior” (in O Figueirense) deixamos a Sra Vereadora nessa sua dúvida cartesiana, enquanto “o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança”.
Queira, Sra Vereadora, aceitar esta nossa já longa missiva apenas como um meio de esclarecer a situação e não, como logo no início declaramos, para alimentar uma polémica estéril! A Sra Vereadora tem certamente dúvidas e preocupações mais prementes onde gastar o seu precioso tempo.
Para terminar, “Não importa o que fizeram connosco. Importa o que fizemos com o que fizeram connosco”.
Com os melhores cumprimentos.
Figueira da Foz, 17 de setembro de 2011
Associação Viver em Alegria / Universidade Senior da Figueira
Não pretende a Associação Viver em Alegria (AVA) alimentar uma polémica sobre o “Caso Universidade Senior”, mas a divulgação e o realce que foram feitos pelos jornais, com título de primeir
a página em alguns casos, e as numerosas manifestações de solidariedade e de lamento (chamemos-lhes assim!) de alunos e colaboradores da instituição, leva-nos, Sra Vereadora, a prestar-lhe os seguintes esclarecimentos:1º-Independentemente de concordar ou discordar com os argumentos e a posição que tomou na última reunião do executivo camarário, gostaríamos de ter concluído que os mesmos se baseavam no conhecimento do assunto em discussão, o que manifestamente não acontece. Também não entendemos como é que um assunto tão sério e nobre “ fez estalar o verniz a Teresa Machado” (in Diário As Beiras), após as explicações dadas na altura pelo Sr Presidente e pelo Sr Vereador António Tavares ( in Diário de Coimbra, Jornal as Beiras, O Figueirense)!
2º- A Universidade Senior “nasce” em 2001, fruto de uma conjugação de esforços: da Universidade Católica - Pólo da Figueira, do Lions Clube da Fig da Foz e da Associação Viver em Alegria, liderada por Natércia Crisanto e um pequeno grupo de associados da AVA. Se o Lions Clube desde logo se desinteressou do projeto, a Universidade Católica manteve o seu apoio até ao ano de 2004, a partir do qual passou a alugar o espaço que as aulas da Universidade Senior ocupavam. Podemos pois afirmar que, a partir daquele ano, a AVA se constituiu como único motor de uma proposta socio cultural, com o empenhamento daqueles professores que gratuitamente lecionam as matérias, os alunos que frequentam as aulas e os associados da AVA. Não entendemos portanto a afirmação da Sra Vereadora “ ...(a Universidade Senior) que ajudei a criar... “ (in Diário de Coimbra), quando não fez nem faz parte de qualquer daqueles grupos.
3º- Em 2007, com o fecho do pólo da Universidade Católica, a Universidade Senior ficou sem local para ter parte das suas aulas. Saliente-se que todas as aulas de Informática, ou com necessidade de utilização de computadores, foram sempre e continuarão a ser dadas nas instalações, alugadas, da AVA. Na sequência de uma resposta a pergunta de um jornalista sobre como ia a instituição ultrapassar a dificuldade surgida e posterior contacto com a Sra Vereadora, na época responsável pelo pelouro da cultura, tomou a Câmara Municipal a iniciativa de arranjar uma solução, solução essa que se operacionalizou na disponibilização do Multicenter do Palácio Sotto Mayor, por parte do Casino Figueira. Resultante do empenho pessoal da Sra Vereadora e da colaboração e abertura do Dr Domingos Silva, ficou a Universidade Senior com um espaço com condições ótimas para a continuação do seu projeto e, saliente-se, a custo zero. Temos uma dívida de gratidão enorme para com V.Exa e o Sr Dr Domingos Silva que não iremos nunca esquecer. Em todas as apresentações públicas fazemos questão de referenciar aquela disponibilidade e apoio oferecidos, como aliás a Sra Vereadora já teve oportunidade de presenciar.
Entendemos aquela solução, permita-nos este auto elogio, como o reconhecimento da nossa atividade e os resultados obtidos até então serem considerados de utilidade pública, num contexto de incentivar a participação e a organização dos seniores em atividades culturais, de cidadania, de ensino e de lazer. Daí a nossa aceitação, sem preocupação de nos considerarmos, ou outra instituição se considerar, ou o executivo municipal considerar, “filhos ou enteados”.
4º- Em janeiro de 2011, por iniciativa independente de um nosso associado e também deputado municipal, foi feito um “desafio” à Câmara para ceder instalações da ex Universidade Internacional à Universidade Senior, tendo também por objetivo dinamizar e preservar aquele espaço que se deteriorava dia após dia por falta de utilização. Havia já por parte do executivo camarário, soubemos mais tarde, um plano de transformar aquela unidade num amplo espaço de ensino e cultura, agregando outras instituições com fins similares. As sinergias conseguidas com este modelo eram, no nosso entende,r potencialmente enormes e o projeto teve o apoio e aceitação da AVA. Por outro lado, o facto de a grande maioria das Universidades Seniores estarem sediadas em espaços das respetivas Câmaras Municipais e não sabermos por quanto tempo poderíamos continuar a usufruir do Multicenter, reforçou a nossa decisão. O protocolo com o Casino foi sempre assinado com a duração de um ano por motivos de política acionista, segundo cremos. Quando a Sra Vereadora afirma “...essa instituição (Univ Senior) tinha um espaço” não acrescenta aquele facto que é do seu conhecimento e que o atual protocolo com a Câmara Municipal contempla e protege.
5º- E voltamos aos “filhos e enteados”! O espaço destinado à Universidade Senior tinha necessariamente de sofrer obras de adaptação para os fins propostos. Perante esta necessidade procurámos definir uma tipologia para a área em causa que, para além de responder desde logo ao nosso projeto, dotaria a Câmara Municipal de um bloco com carateristicas que podem ser utilizadas por outras entidades, tal como o Sr Presidente da Câmara esclareceu, “ ...o espaço onde a Universidade Senior fez as benfeitorias preenche os nossos propósitos de criar um espaço letivo” (in O Figueirense e Diário de Coimbra). Mas há mais outros elementos que a Sra Vereadora deveria ter procurado conhecer antes de tomar uma decisão: o espaço e as obras em causa! A intervenção na anterior biblioteca da ex Universidade Internacional custaria, a preços de mercado, 27 786,63 (Iva incluído). O valor pago pela AVA foi de 22 442,64 devido a reduções conseguidas no material aplicado e contributos voluntários “em espécie”, como foi, por exemplo, o trabalho de arquitetura oferecido gratuitamente por um consagrado arquiteto figueirense. O diferencial em relação ao montante aprovado para ressarcir a nossa instituição é ainda o contributo monetário da AVA para a obra em causa, pertença da Câmara Municipal, tal como está definido no protocolo. Refira-se, a propósito, que nunca a AVA ou a Universidade Senior recebeu qualquer apoio financeiro da Câmara Municipal desde a sua criação.
Podemos, continuando a apoiar-nos nas notícias publicadas nos jornais, sem quaisquer intuitos de comparação como a Sra Vereadora fez, mas tão só para a esclarecer e à população em geral, lembrar-lhe que os alunos da Universidade Senior apoiaram o funcionamento da biblioteca infantil no jardim municipal nos dois anos de abertura, bem como da Casa do Paço, para que os nossos visitantes nacionais e estrangeiros possam apreciar os azulejos de Delft. Correspondem a horas de trabalho efetivo que com gosto e dedicação a Universidade Senior oferece ao seu município, sem ter por finalidade obter algo em troca. Em conclusão, “filhos e enteados” é expressão não adequada, do nosso ponto de vista!
6º- Quanto à questão “...o que é prioritário se o ensino das crianças do pré escolar e no 1º ciclo, se a Universidade Senior” (in O Figueirense) deixamos a Sra Vereadora nessa sua dúvida cartesiana, enquanto “o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança”.
Queira, Sra Vereadora, aceitar esta nossa já longa missiva apenas como um meio de esclarecer a situação e não, como logo no início declaramos, para alimentar uma polémica estéril! A Sra Vereadora tem certamente dúvidas e preocupações mais prementes onde gastar o seu precioso tempo.
Para terminar, “Não importa o que fizeram connosco. Importa o que fizemos com o que fizeram connosco”.
Com os melhores cumprimentos.
Figueira da Foz, 17 de setembro de 2011
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