Press Release da ACIFF , datado de 21de junho de 2011,
dando conta da posição referente à implantação
de uma superfície comercial em Tavarede:
dando conta da posição referente à implantação
de uma superfície comercial em Tavarede:
"A Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, enquanto representante dos agentes económicos da cidade e do concelho tem, desde sempre, manifestado a sua posição contra a instalação de grandes superfícies comerciais na periferia da cidade e fora da área tradicionalmente vocacionada para a actividade comercial e de serviços da cidade da Figueira da Foz - Rua da República, Zona das Praças e Bairro Novo.
Este investimento não se configura com pressupostos que julgamos fundamentais ao processo de desenvolvimento da cidade da Figueira da Foz, contrariando um pressuposto de coesão social e de consolidação da actividade económica da cidade, traduzindo-se a implantação e o desenvolvimento deste projecto nas seguintes características negativas:
Aumento da taxa de mortalidade do pequeno comércio de proximidade com especial incidência nas Zonas Comerciais Tradicionais – a capacidade de atrair consumidores será sempre diminuta perante a capacidade de investimento em marketing do aglomerado; Perda de emprego e a consequente desmoralização social;
Abandono do edificado das áreas tradicionalmente vocacionadas para a actividade comercial, de restauração e lúdica;
Desertificação e deslocalização da população residente para novas zonas habitacionais fora do centro da cidade;
Excesso de oferta para o potencial de consumidores existentes no Concelho e na sua área de influência;
Descaracterização do conceito da cidade, da organização espacial, sem vantagens competitivas evidentes, que não é consubstanciada na criação de actividade comercial e na criação de riqueza;
Afastamento de uma lógica de localização da oferta de produtos e serviços, dirigidos à população residente, semi-residente e turista, focalizada na frente marítima e na “beira-rio”;
Promove uma nova centralidade urbana que está fora do conceito e paradigma de desenvolvimento da cidade Figueira da Foz.
Para esta Instituição, o que está em causa é o “conceito de cidade que se pretende” para a Figueira da Foz, o pequeno comércio de proximidade associado à forte componente turística foi, em termos históricos, a grande alavanca do desenvolvimento económico da cidade, mas também um dos grandes factores de afirmação da sua identidade urbana.
Desde sempre que a ACIFF vem defendendo a urgência de se adoptarem políticas no sentido de estimular e modernizar o centro da cidade, fomentando novos investimentos âncora que permitam “repovoar” as áreas em declínio com “novos comércios”, serviços, espaços de lazer, habitação e equipamentos que permitam a coexistência e equilíbrio de diversos formatos comerciais, sem restringir a defesa do interesse dos consumidores e a qualidade de vida dos cidadãos.
É com enorme surpresa e pesar que a ACIFF assistiu à aprovação do pedido de informação prévia para implantação de uma superfície comercial na zona do futuro Parque Urbano – Várzea, pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, projecto que já tinha sido objecto de análise pelo anterior executivo em 2006 e 2008, sem obter aprovação.
Uma decisão desta natureza não pode ser tomada em função de possíveis “contrapartidas financeiras que o promotor esteja disponível a oferecer – nomeadamente dois hectares para o futuro parque urbano”. Como planeia a CMFF financiar a construção de um parque urbano com um plano de saneamento financeiro de tão exigente cumprimento dada a actual conjuntura económica???. A autarquia não pode ignorar o impacto deste projecto na actividade económica e financeira do concelho e da região, bem como na identidade urbana da cidade da Figueira da Foz.
Como é do conhecimento público foi criada uma parceria público-privada local que tem como objectivo a Regeneração Urbana da Figueira da Foz, sendo a ACIFF um dos principais intervenientes, num projecto liderado pela CMFF, que tem como estratégia subjacente a revalorização e revitalização do centro urbano e da actividade económica do concelho, com principal ênfase na zona do Mercado Municipal, Bairro Novo e envolvente.
Não se compreende como é que a CMFF, estando na génese de um projecto que pretende revitalizar o centro urbano da cidade permita a instalação de uma grande superfície comercial que se encarregará de destruir o mesmo centro urbano.
Consideramos que, em prol do desenvolvimento da cidade, não deverá a CMFF validar a implantação desta superfície comercial sob o pressuposto que existe um projecto estratégico em construção para a cidade que orientará a intervenção no curto e médio-prazo.
A ACIFF, como sempre, não está contra a instalação de um equipamento deste tipo e dimensão no Concelho, está antes em desacordo com a localização escolhida, por motivos estratégicos, de sustentabilidade económica e social da cidade da Figueira da Foz – É uma atitude de preservação contra a extinção da cidade.
A ACIFF lutará sempre pela captação de investimentos que consolidem e projectem o desenvolvimento económico, promovam a diversidade produtiva, da oferta comercial e dos serviços da cidade e do concelho."
Este investimento não se configura com pressupostos que julgamos fundamentais ao processo de desenvolvimento da cidade da Figueira da Foz, contrariando um pressuposto de coesão social e de consolidação da actividade económica da cidade, traduzindo-se a implantação e o desenvolvimento deste projecto nas seguintes características negativas:
Aumento da taxa de mortalidade do pequeno comércio de proximidade com especial incidência nas Zonas Comerciais Tradicionais – a capacidade de atrair consumidores será sempre diminuta perante a capacidade de investimento em marketing do aglomerado; Perda de emprego e a consequente desmoralização social;
Abandono do edificado das áreas tradicionalmente vocacionadas para a actividade comercial, de restauração e lúdica;
Desertificação e deslocalização da população residente para novas zonas habitacionais fora do centro da cidade;
Excesso de oferta para o potencial de consumidores existentes no Concelho e na sua área de influência;
Descaracterização do conceito da cidade, da organização espacial, sem vantagens competitivas evidentes, que não é consubstanciada na criação de actividade comercial e na criação de riqueza;
Afastamento de uma lógica de localização da oferta de produtos e serviços, dirigidos à população residente, semi-residente e turista, focalizada na frente marítima e na “beira-rio”;
Promove uma nova centralidade urbana que está fora do conceito e paradigma de desenvolvimento da cidade Figueira da Foz.
Para esta Instituição, o que está em causa é o “conceito de cidade que se pretende” para a Figueira da Foz, o pequeno comércio de proximidade associado à forte componente turística foi, em termos históricos, a grande alavanca do desenvolvimento económico da cidade, mas também um dos grandes factores de afirmação da sua identidade urbana.
Desde sempre que a ACIFF vem defendendo a urgência de se adoptarem políticas no sentido de estimular e modernizar o centro da cidade, fomentando novos investimentos âncora que permitam “repovoar” as áreas em declínio com “novos comércios”, serviços, espaços de lazer, habitação e equipamentos que permitam a coexistência e equilíbrio de diversos formatos comerciais, sem restringir a defesa do interesse dos consumidores e a qualidade de vida dos cidadãos.
É com enorme surpresa e pesar que a ACIFF assistiu à aprovação do pedido de informação prévia para implantação de uma superfície comercial na zona do futuro Parque Urbano – Várzea, pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, projecto que já tinha sido objecto de análise pelo anterior executivo em 2006 e 2008, sem obter aprovação.
Uma decisão desta natureza não pode ser tomada em função de possíveis “contrapartidas financeiras que o promotor esteja disponível a oferecer – nomeadamente dois hectares para o futuro parque urbano”. Como planeia a CMFF financiar a construção de um parque urbano com um plano de saneamento financeiro de tão exigente cumprimento dada a actual conjuntura económica???. A autarquia não pode ignorar o impacto deste projecto na actividade económica e financeira do concelho e da região, bem como na identidade urbana da cidade da Figueira da Foz.
Como é do conhecimento público foi criada uma parceria público-privada local que tem como objectivo a Regeneração Urbana da Figueira da Foz, sendo a ACIFF um dos principais intervenientes, num projecto liderado pela CMFF, que tem como estratégia subjacente a revalorização e revitalização do centro urbano e da actividade económica do concelho, com principal ênfase na zona do Mercado Municipal, Bairro Novo e envolvente.
Não se compreende como é que a CMFF, estando na génese de um projecto que pretende revitalizar o centro urbano da cidade permita a instalação de uma grande superfície comercial que se encarregará de destruir o mesmo centro urbano.
Consideramos que, em prol do desenvolvimento da cidade, não deverá a CMFF validar a implantação desta superfície comercial sob o pressuposto que existe um projecto estratégico em construção para a cidade que orientará a intervenção no curto e médio-prazo.
A ACIFF, como sempre, não está contra a instalação de um equipamento deste tipo e dimensão no Concelho, está antes em desacordo com a localização escolhida, por motivos estratégicos, de sustentabilidade económica e social da cidade da Figueira da Foz – É uma atitude de preservação contra a extinção da cidade.
A ACIFF lutará sempre pela captação de investimentos que consolidem e projectem o desenvolvimento económico, promovam a diversidade produtiva, da oferta comercial e dos serviços da cidade e do concelho."
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